Moçambique, com o apoio de parceiros internacionais, tem realizado um longo esforço de conservação da biodiversidade desde o estabelecimento do Programa Piloto das Áreas de Conservação Transfronteiriças de Moçambique (ACTF), iniciado em 1996. Em novembro de 2014, o Banco Mundial e o GEF aprovaram uma subvenção de 46,3 milhões de USD para renovar este empenho, criando o denominado projeto MozBio. Assim, o projeto MozBio tem as seguintes componentes:

  • Fortalecimento institucional para a gestão das Áreas de Conservação;
  • Promoção do turismo e melhoria da gestão das Áreas de Conservação;
  • Apoio a projetos piloto de desenvolvimento comunitário dentro dessas áreas e em seu redor;
  • Gestão do projeto, monitoria e avaliação.

Os principais objetivos da presente consultoria enquadraram-se na última componente de monitoria e avaliação do programa MozBio e dos seus impactos nas condições de vida das populações que vivem dentro e na envolvência das Áreas de Conservação. O projeto envolveu:

  • Melhoria de questionário socioeconómico através de fase de testes e de ensaio em campo;
  • Aplicação deste questionário em quatro Áreas de Conservação (Reserva Especial de Maputo – REM, Reserva Marinha Parcial da Ponta do Ouro – RMPPO, Reserva Nacional de Chimanimani – RNC e Parque Nacional das Quirimbas – PNQ), num total de 55 inquéritos comunitários e 1.468 inquéritos familiares e ainda a organização de grupos de debate em comunidades; recolha de dados realizada através do método CAPI em tablet;
  • Construção de uma base de dados socioeconómicos com as respostas recolhidas (inquirição realizada através da aplicação GoFormz).

A recolha de informações abrangeu três temas específicos: bem-estar económico; benefícios provenientes de recursos naturais e nível de satisfação com a gestão da área protegida. Os resultados da presente consultoria deram uma imagem fiel da realidade social e económica das cerca de 275 mil pessoas que vivem em Áreas de Conservação em Moçambique.